quarta-feira, 1 de maio de 2013

Frida Kahlo - Notas biográficas


"Eu me pinto porque estou muitas vezes sozinha
e porque sou o assunto que conheço melhor"


Para se entender as pinturas de Frida Kahlo é necessário conhecer a sua vida.

A obra de Frida Kahlo (1907-1954) está profundamente relacionada à história de sua vida e de seu povo. Dizia-se filha da revolução mexicana, período crítico de transição de um estado autoritário para o regime democrático. Frida viveu as grandes transformações de seu tempo, assim como passou por fases de intenso sofrimento no plano pessoal. Aos seis anos contraiu poliomielite, que deixou como sequela uma perna atrofiada e a fez mancar.  Aos dezoito anos, num acidente de ônibus sofreu múltiplas fraturas e teve o corpo atravessado por uma barra de ferro. Por causa desses ferimentos, passou por várias cirurgias e ficou imobilizada por longos períodos. Começou a pintar durante a convalescença, com a ajuda de um espelho preso sobre sua cama. Produziu assim, uma série de obras, em sua maioria autorretratos.

Frida ingressou no partido comunista e pertenceu a um grupo de intelectuais que propunham a recuperação da identidade cultural mexicana, inspirada nas origens e tradições de seu povo. Assim conheceu o pintor muralista Diego Rivera, com quem se casou aos vinte e dois anos e viveu uma relação intensa e tumultuada por traições. A impossibilidade de gerar filhos em consequência das lesões do acidente também foi motivo de intensa dor e frustração, que sua arte permitiu expressar em obras contundentes.

Com o tempo seu estado de saúde se agravou e a pintura se tornou cada vez mais o modo pelo qual pode expressar seu sofrimento, bem como sua capacidade de elaboração e superação. Em sua breve existência, a mulher fascinante e artista incomparável, produziu uma obra que poderia ser considerada surrealista, porém  Frida negou essa classificação, afirmando que não pintava sonhos, mas sua própria realidade.  Representou, não apenas em suas obras, mas no estilo de vida e até na aparência pessoal, a riqueza simbólica da cultura popular mexicana.

Por Lucia Soares e Suely Nassif

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Nasce uma ideia...



Era uma vez uma ideia em forma de semente.
Estava por lá, já fazia algum tempo, em toda a sua esfericidade rugosa, 
como que parada no tempo, em suspenso, quieta a descansar tranquila 
sobre a terra, recebendo ali aconchego e cumplicidade. 

No entanto, em certo dia o silencio se rompeu. 
Era um dia de sol radiante, daqueles que pensamos que nunca mais irá 
se acabar, mas veio a chuva, a chuva forte e inesperada de verão. 
Fazendo tudo mudar. O som da chuva caindo sobre a terra, quebra
o silêncio, fazendo tudo se mover lá fora, mas também se fazendo 
sentir dentro.

A "semente-idéia" acorda e começa a se espreguiçar.
Estica pra cá, estica pra lá... 

O espaço ficou pequeno demais!!
Precisava de mais espaço. Rompe então os limites da casca que a continha. 
Pequenos prolongamentos ganham o espaço à sua volta, pressentindo a luz, 
saem em sua busca. Encontram o espaço, a água da chuva, as riquezas 
da terra, o abraço do ar. 

A semente desabrocha. 
Abre-se para a luz do sol que acaba de surgir após a chuva. 
Ao se abrir encontra o céu. Um céu claro pintado pelo arco-íris que, 
abençoando a terra, recebe a TODOS... 

O céu recebe a semente modificada pelo movimento que veio de dentro, 
ganhou raiz, galhos e folhas...
Um dia se abriu em flor e se expressou em frutos que irão se proliferar em 
infinitas outras "sementes-ideias". 

É o ciclo da vegetação que cobre a terra, que produz atmosfera, que 
transforma a terra em um planeta azul. Assim, tudo continua em movimento 
e harmonia, em um contínuo transformar-se...


Tudo começou com a semente-idéia "www.comentada.com".
O tempo passou...
Da semente nasce a árvore "www.laitos.com.br"

Escrito por Suely Laitano Nassif
lançado em 02/03/2013

quarta-feira, 27 de março de 2013

O ladrão de raios


RIODAN, Rick.  O ladrão de raios. Trad. Ricardo Gouveia. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Intrínsica, 2010, 385 págs.

O menino Percy Jackson tem doze anos e vive em Nova Iorque, com sua mãe. Ele é disléxico, mas compreende muito bem o grego antigo. E também sofre de transtorno de déficit de atenção. A mãe lhe conta pouco sobre seu pai que desaparecera nas águas. Ela se casou novamente com Gabe, um homem pouco gentil. É fim de ano e Percy tem como professor de Mitologia o Sr. Brunner, que exigiu muito dele e o observa de um jeito curioso. Ele anda sempre em sua cadeira de rodas pela Academia Yancy.

Percy e sua mãe resolvem ir para a casa de praia em Montauk passar uns dias de férias. Ela pega o carro do marido emprestado e eles, junto à Grover, amigo de Percy no colégio, encaminham-se para Montauk. Só que o carro é atacado por um Minotauro e pega fogo.  Percy luta contra o grande touro, arranca-lhe um chifre e o usa para ferir o monstro. Exaurido, ele desmaia. O carro pega fogo. Grover é jogado longe. A mãe de Percy se esvanece no ar.  Percy é levado para o acampamento Meio-Sangue, sendo tratado por Annabeth. Lá ele descobre ser um meio-sangue, ou seja, um ser filho de uma mortal com um deus imortal, no caso, Poseidon.

Grover se revela um sátiro com a missão de protegê-lo e o professor Brunner revela-se como Quíron, um cavalo e uma das figuras que comandam o acampamento ao lado de Dioniso. No acampamento ele recebe a missão de trazer de volta o raio-mestre de Zeus (criado pelos ciclopes para a guerra contra os titãs) que naquele momento todos acreditam que tenha sido roubado por Hades. Esse roubo que deixa Zeus desconfiado inclusive de Poseidon está sendo o mote para uma possível guerra entre os deuses do Olimpo. Por isso Percy recebe a missão de seu pai de recuperá-lo de Hades. Ele é chamado inclusive a ouvir a profecia do Oraculo que iluminará seu caminho.


Junto a seus amigos Annabeth e Grover partem para o Oeste, onde vive Hades. Percy vai munido de sua espada, a contracorrente. Seu pai o chama para reforçar a importância dessa missão. Os três enfrentam pelo caminho as Parcas, a Medusa, as armadilhas de Ares, o próprio Ares, Cérbero e por fim Hades nas terras das profundezas.

De volta ao acampamento, acontece a última profecia do oráculo e Percy descobre ter um amigo falso no acampamento. Sua mãe é libertada por Hades, vende uma escultura sua no Soho, separa-se do marido e resolve fazer faculdade. Annabeth vai viver uma temporada com o pai e Percy retorna para casa.

Essa aventura em que deuses gregos retornaram ao mundo ocidental porque procriaram com mortais novamente em pleno século XX é muito imaginativa e relaciona questões do universo da mitologia grega com os conflitos existenciais da humanidade atual de uma forma brilhante. Imperdível opção de leitura para adolescentes.

Escrito por Ana Lúcia Brandão

quarta-feira, 20 de março de 2013

O que é a Alienação Parental (SAP)

Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner [3] em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

Os casos mais freqüentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.




O Genitor Alienante 


- Exclui o outro genitor da vida dos filhos: 
  • Não comunica ao outro genitor fatos importantes relacionados à vida dos filhos (escola, médico, comemorações, etc.). 
  • Toma decisões importantes sobre a vida dos filhos, sem prévia consulta ao outro cônjuge (por exemplo: escolha ou mudança de escola, de pediatra, etc.). 
  • Transmite seu desagrado diante da manifestação de contentamento externada pela criança em estar com o outro genitor. 
- Interfere nas visitas:
  • Controla excessivamente os horários de visita. 
  • Organiza diversas atividades para o dia de visitas, de modo a torná-las desinteressantes ou mesmo inibí-la. 
  • Não permite que a criança esteja com o genitor alienado em ocasiões outras que não aquelas prévia e expressamente estipuladas. 
- Ataca a relação entre filho e o outro genitor
  • Recorda à criança, com insistência, motivos ou fatos ocorridos que levem ao estranhamento com o outro genitor. 
  • Obriga a criança a optar entre a mãe ou o pai, fazendo-a tomar partido no conflito. 
  • Transforma a criança em espiã da vida do ex-cônjuge. 
  • Quebra, esconde ou cuida mal dos presentes que o genitor alienado dá ao filho. 
  • Sugere à criança que o outro genitor é pessoa perigosa. 
- Denigre a imagem do outro genitor
  • Faz comentários desairosos sobre presentes ou roupas compradas pelo outro genitor ou mesmo sobre o gênero do lazer que ele oferece ao filho. 
  • Critica a competência profissional e a situação financeira do ex-cônjuge. 
  • Emite falsas acusações de abuso sexual, uso de drogas e álcool. 

A Criança Alienada: 

  • Apresenta um sentimento constante de raiva e ódio contra o genitor alienado e sua família. 
  • Se recusa a dar atenção, visitar, ou se comunicar com o outro genitor. 
  • Guarda sentimentos e crenças negativas sobre o outro genitor, que são inconsequentes, exageradas ou inverossímeis com a realidade. 
Crianças Vítimas de SAP são mais propensas a:
  • Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico. 
  • Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação. 
  • Cometer suicídio. 
  • Apresentar baixa auto-estima. 
  • Não conseguir uma relação estável, quando adultas. 
  • Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado. 

Como parar a Alienação Parental?

Busque e Divulgue Informações
A síndrome da alienação parental é um tema bastante discutido internacionalmente e, atualmente, no Brasil também é possível encontrar vários sites sobre o assunto [Sites Sobre SAP], bem como livros [Livros] e textos [Textos sobre SAP].

Tenha Atitude

Como pai/mãe
  • Busque compreender seu filho e proteja-o de discussões ou situações tensas com o outro genitor. 
  • Busque auxílio psicológico e jurídico para tratar o problema. Não espere que uma situação de SAP desapareça sozinha. 


Lembre-se

A informação sobre a SAP é muito importante para garantir às crianças e adolescentes o direito ao desenvolvimento saudável, ao convívio familiar e a participação de ambos os genitores em sua vida.

A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz conseqüências nefastas para as gerações futuras.

Pai e Mãe, os filhos precisam de ambos!


Estatísticas sobre a Síndrome da Alienação Parental 

  • 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental. [1] 
  • Estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência [2] 

Referências

[1] CLAWA, S.S.; RIVIN, B.V. Children Held Hostage: Dealing with Programmed and Brainwashed Children. Chicago, American Bar Association, 1991.

[2] Dados da organização SplitnTwo [www.splitntwo.org].

[3] Gardner R. Parental Alienation Syndrome vs. Parental Alienation: Which Diagnosis Should Evaluators Use in Child-Custody Disputes?. American Journal of Family Therapy. March 2002;30(2):93-115.


Lei da Alienação Parental !


A lei prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos. A Lei da Alienação Parental, 12.318 foi sancionada no dia 26 de agosto de 2010.


Fonte: http://www.alienacaoparental.com.br/

quarta-feira, 13 de março de 2013

A assistência do coração


Como vocês sabem, estamos no meio de uma revolução na consciência, que está afetando a todos. A regra 80-20 afirma que 80% de qualquer mudança se deve normalmente a 20% das pessoas. Os 20% consistem dos principais pensadores da época, aos formadores de opinião na consciência.

Em assuntos espirituais, as pessoas mais atualizadas são, às vezes, chamadas de Trabalhadores da Luz ou velhas almas, indicando que elas aprenderam mais a partir de suas experiências ao longo de muitas encarnações.

Este aprendizado avançado está armazenado em suas almas e elas se beneficiam dele conscientemente através da orientação interior intuitiva. O termo “Trabalhador da Luz” é sinônimo de “buscador espiritual”. Vocês podem ou não se considerar como um trabalhador da luz, mas, se estiverem lendo um material como este, então vocês se encaixam perfeitamente na definição.

Os pensadores de hoje planejaram antes de encarnarem neste momento na história, para ajudarem a fazer as mudanças essenciais positivas no mundo. Os sociólogos começaram agora a reconhecê-los como um importante grupo cultural.

Uma pesquisa, feita na década de 90 pelos pesquisadores Paul Ray e Anderson Sherry, descobriu que 26% dos adultos norte-americanos se tornaram o que eles denominaram como Seres Criativos Culturais.

Mais de 50 milhões de americanos já se encaixam na definição de um tipo emergente da humanidade, que fez uma ascensão abrangente na visão do mundo, valores e modo de vida. Na Europa, uma pesquisa em 1997, realizada em 15 países Europeus, mostrou números que são muito semelhantes aos Estados Unidos.

Assim, em um ambiente social, o termo “pensador de vanguarda”, realmente se aplica hoje a mais de 20% das pessoas. Curiosamente, os pesquisadores observaram que a maior parte deles não se considera como da vanguarda, nem percebe como muitas outras pessoas são como eles.

As suas categorias de Seres Criativos Culturais, identificados por Ray e Anderson se encaixam exatamente nos padrões de consciência da quarta dimensão superior e inferior.

Percebam que, embora os nossos corpos físicos estejam atualmente localizados na terceira dimensão superior, nossas mentes estão livres para voarem através da quarta dimensão, centrada no coração e para a consciência da alma da quinta dimensão.

Quando uma pessoa se move da função da terceira dimensão, desenvolvendo o intelecto básico na quarta dimensão inferior, a sua visão do mundo se expande e ela se torna mais consciente das necessidades da comunidade em geral. Elas levam em conta os efeitos locais e globais de suas próprias ações e as ações dos outros que elas apoiam Preocupações ambientais, alimentos orgânicos e preocupações com a paz estão todas sob esta faixa de frequência da consciência.

Embora a consciência da terceira dimensão tenha produzido indivíduos ambiciosos, o padrão emergente da quarta dimensão contribui com a ideia de que o bem de muitos supera quaisquer ambições egoístas de poucos.



O novo padrão emergente requer que as ações incluam um grau de serviço aos outros, em vez do antigo padrão, que estava cego ao crescimento dos outros, independentemente do que tais ações poderiam tirar de outros.

Este sentido de consciência social e de responsabilidade é uma função da consciência da quarta dimensão inferior de hoje. Isto pode ser referido como uma passagem através do portal da consciência espiritual, onde eles se tornam mais preocupados com o desenvolvimento interior e a iluminação.

Pensadores de vanguarda são simplesmente pessoas cuja frequência normal de consciência é mais elevada do que a média atual. Quanto mais elevada for a sua frequência, maior a sua consciência e capacidade de liderar a mudança, mostrando aos outros como resolver os desafios na vida ao elevar a sua própria consciência.

A consciência espiritual, centrada no coração, na quarta dimensão superior, traz com ela o desejo de ajudar e de curar os outros. É este desejo, estimulado pela energia do amor incondicional que flui por todo este universo, o que os leva hoje ao método mais poderoso e equilibrado de desenvolvimento espiritual na existência.

Este método poderia parecer à primeira vista como um paradoxo quando vocês compreendem que o segredo para o seu próprio crescimento espiritual rápido não é o que vocês fazem para se desenvolver é que conta, mas o que fazem para ajudar os outros. O serviço espiritual aos outros traz um reflexo imediato do espelho cármico da vida e vocês avançam automaticamente de uma maneira equilibrada e graciosa.

O desenvolvimento espiritual vem como a reação cármica de ajudar aos outros de formas espirituais.
Ajudá-los a compreender a natureza espiritual da realidade, é o primeiro passo.
Ajudá-los a compreender as leis metafísicas do universo é outro passo.
Ajudá-los a aprender como elevar a consciência deles, interiorizando-se para reflexão é um passo vital.


http://www.infinitebeing.com/
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br


Escrito por Owen Waters.
6 de Janeiro de 2013.

Enviado por Vera Correa

quarta-feira, 6 de março de 2013

O Filme mais antigo do mundo


USA-San Francisco -O filme mais antigo do mundo (sobreviveu ao terremoto de 1906).

Uma raridade!!!
SENSACIONAL! Vale a pena ver. Eis o valor de um acervo cultural. É um túnel do tempo! 

4 dias depois boa parte, senão a totalidade dessas pessoas estavam mortas e a cidade em ruínas. 
Perdemos tempo demais com tolices. A qualquer momento a natureza pode nos "deletar".

Para os cinéfilos, segue o que talvez venha a ser o mais antigo filme já produzido (1906)!!
São cenas filmadas a partir de um "cable car" na Market Street, em San Francisco, Califórnia.

É surpreendente a quantidade de automóveis que já existiam àquela época.
E quantas imprudências se cometiam, nas barbas dos policiais (Provavelmente, nem havia Leis de Trânsito...)!!
O trânsito era caótico com a convivência, não tanto harmoniosa, entre pedestres, bicicletas, charretes, automóveis, cable car, bondes, etc.
Observe que os bondes que cruzam a rua já possuem tração elétrica!
No final da rua, existe um prédio que está lá até hoje, pois trata-se do terminal de passageiros da Baía de San Francisco.

O filme, após muita polêmica, teve identificada a sua origem, bem como a data de sua produção:
É um filme produzido em 14 de abril de 1906, 4 dias antes do grande terremoto que acabou com a cidade de San Francisco. 

O filme foi embarcado para New York, num trem, para ser processado, daí ter sido poupado daquela tragédia.

Clique em: http://www.youtube.com/watch_popup?v=NINOxRxze9k

sábado, 2 de março de 2013

MEU CONSULTÓRIO… em tempos imprevisíveis - Leitura 2

Então um dia, numa conversa com a Consultora, ela sugere que eu reflita sobre esse meu desejo… até que ponto é bom que as coisas voltem a ser como eram? E nessa noite tenho um sonho…

Estou sentada num banco de jardim, conversando com um dos meus professores da faculdade. Estamos falando justamente sobre os problemas que estou enfrentando.
- “Será que algum dia as coisas vão voltar ao normal?” – pergunto, desconsolada.

Ele pensa, pensa… e então diz:
- “Você tem reparado quantas pessoas estão passando por momentos de reviravolta total em suas vidas? Já observou que todo o planeta está sofrendo mudanças significativas em todas as áreas? Até a natureza parece estar fugindo daquilo que considerávamos normal…”
Faz uma pausa, como a dar um tempo para que eu reflita sobre isso, e continua:
- “Então, será que não é o momento de reconsiderarmos nosso conceito de ‘NORMAL’?

Fonte desta imagem.

Será que tudo o que está acontecendo nas nossas vidas e à nossa volta não tem um propósito maior, que não estamos conseguindo enxergar do nosso ponto de vista limitado, já que estamos mergulhados nesses problemas?”
- “E qual seria esse propósito?” – pergunto… e logo arrisco uma resposta:
- “Tenho lido e ouvido falar que a humanidade está evoluindo para um nível mais elevado de consciência… Se é assim, os padrões que mantivemos até agora, em todos os segmentos da vida, provavelmente não são compatíveis com essa nova consciência e por isto precisamos mudar nossa forma de pensar, de agir, de ser…”

Antes que eu possa completar o raciocínio, o professor conclui:
- “E como temos certa resistência às mudanças, a própria vida se encarrega disso… às vezes de maneira um tanto drástica, não é?”
Balanço a cabeça afirmativamente e, ainda refletindo sobre o que acabamos de falar, comento com certa melancolia:
- “Tudo que parecia estável, confiável, seguro está se desfazendo…”

Mas o professor não perde o ânimo:
- “Não será isto mais uma indicação de que precisamos encontrar novas bases para a nossa vida? Ou talvez simplesmente nos deixarmos levar por este novo fluxo até que a própria vida nos mostre o caminho?”
Acordo! Fico frustrada, porque gostaria de continuar a conversa, trocar mais idéias com ele. Fecho os olhos, tento dormir e sonhar de novo… mas, nada!

O dia nem amanheceu ainda, mas já não tenho mais sono. Levanto-me e escrevo um e-mail para a Consultora contando esse sonho e finalizando com uma frase desconsolada:
“Tudo parecia tão bem encaixado em seu devido lugar… e, de repente, nada mais se enquadra em coisa nenhuma… nem mesmo o projeto do Meu Consultório, que parecia tão perfeito…”

Sua resposta não tarda a chegar:
“Ele realmente era perfeito”! Esse projeto era perfeito para os ‘velhos tempos’, aqueles tempos em que podíamos criar manuais e fórmulas para tudo, porque tudo era relativamente previsível, tudo seguia certos padrões conhecidos, familiares.

Mas esses tempos passaram num piscar de olhos! Agora estamos vivendo tempos imprevisíveis e o que vale para hoje pode não ser válido amanhã. Então temos que encontrar um modo de viver harmoniosamente num momento destes.

Deve haver alguma coisa que seja permanente e confiável, no meio de toda esta mutação. É isto que precisamos encontrar…”

Embora não tenha nenhum paciente marcado, vou até o consultório e deito-me no meu divã, tentando relaxar e por minhas idéias em ordem.


Fico relembrando as palavras do Professor e da Consultora, tentando chegar a alguma conclusão concreta sobre elas. De repente, meus pensamentos desaparecem, minha mente fica totalmente vazia e me vem uma vontade incontrolável de ler alguma coisa inspiradora. Estico o braço e pego o primeiro livro que alcanço na estante ao lado. É um livro bem fininho, que não me lembrava de ter comprado… aliás, não me lembrava de tê-lo visto antes em lugar nenhum, muito menos no Meu Consultório!

Sua capa me faz lembrar alguns livros de estórias infantis, cheio de estrelinhas de todas as cores. Não sei bem por que, meu coração se enche de alegria!

Fonte desta imagem.

- “Alguma criança deve tê-lo deixado aqui” – penso – “E a faxineira guardou-o junto com os outros, sem saber.”

Ponho os óculos para ler o título, pronta para me deliciar com um conto de fadas… Mas, quando as letras começam a se definir melhor diante dos meus olhos, dou um pulo do divã e quase caio sentada no chão!


“CRIANDO UM CONSULTÓRIO… EM TEMPOS IMPREVISÍVEIS”


- “Que brincadeira é esta?!” – falo, em voz alta, quase gritando!
- “Só posso estar sonhando!” – concluo e fico imóvel durante alguns segundos, sem saber se abro ou não o livrinho… – “Bem, sonho ou não, quero ver o que tem aí dentro!”

Abro-o cuidadosamente… procuro o nome do autor, não encontro, assim como também não encontro o nome da editora, o ano de publicação, o número do ISBN… A primeira página está em branco e, pelo jeito, as outras também, porque dou uma folheada rápida e não vejo nada escrito ali!

Fecho-o de novo, um tanto decepcionada, pois tudo o que eu queria, neste momento, era saber como criar um consultório… nestes tempos imprevisíveis!

Ainda com uma pontinha de esperança, abro-o novamente, com muita cautela e curiosidade… E o que vejo?

continua...
Você quer saber o final dessa história?
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Meu consultório em tempos imprevisíveis

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Publicado em 20/07/2011 - 12:54

sábado, 23 de fevereiro de 2013

MEU CONSULTÓRIO… em tempos imprevisíveis - Leitura 1

A Faculdade terminou! Finalmente estou formada, sou uma profissional!
Fonte desta imagem.

Mas… e agora? Ao mesmo tempo em que me sinto feliz e aliviada, vejo um imenso vazio à minha frente, onde procuro encontrar o caminho que me levará à prática do que aprendi nesses anos de estudos… e a ganhar dinheiro com isso, é claro!

Aos poucos meus olhos vão se acostumando à escuridão desse vazio e então vejo uma palavra que vem ao meu encontro e logo passa voando por mim: “CONSULTÓRIO”.

Lógico! Sou terapeuta, então a primeira coisa que vou precisar é de um consultório, um local onde eu possa atender as pessoas.
“Vou ter que alugar uma sala” – penso – “E comprar alguns móveis para colocar lá… Que móveis?… Vou pesquisar!… Que bom! Já tenho por onde começar!”
Visito os consultórios dos meus professores, de alguns colegas formados há mais tempo; falo com muita gente, terapeutas e não terapeutas... E finalmente chego à conclusão de que vou precisar basicamente de duas poltronas e uma mesinha entre elas, se possível com uma gavetinha para guardar um bloco de notas, caneta, etc... e um armário onde eu possa guardar diferentes tipos de coisas.

Se houver mais condições, posso ter também uma mesa e duas cadeiras… e um tapete, para deixar o ambiente mais acolhedor! Sim, porque desejo que meu consultório seja um lugar agradável, onde meus pacientes se sintam bem e percebam que não estão diante apenas de um profissional, mas de um ser humano que trabalha por prazer e se sente feliz em poder ajudá-los.
Fonte desta imagem.

Isto me faz pensar que não desejo que meu consultório seja um consultório qualquer, mas que seja o MEU Consultório. Para isto, provavelmente vou precisar de algo mais, além de móveis e tapete. E embora ainda não esteja totalmente claro para mim o que é esse “algo mais”, é bem óbvio que ele tem a ver comigo, com a minha forma de ser.
Deixo essa idéia amadurecer, enquanto vou tratando das coisas materiais necessárias para montar o Meu Consultório.

Aos poucos vou me instalando e recebendo um ou outro paciente. Estes vão me ajudando a testar meus próprios conhecimentos e, principalmente, meu talento para lidar com os mais diversos tipos de pessoas. Pois logo descubro que cada caso é um caso, mesmo quando se enquadra num tipo “padrão”.

E assim, cada atendimento me inspira novas formas de trabalhar; e estas, por sua vez, me pedem novos materiais, nova organização do espaço… e percebo que Meu Consultório não pode ser uma coisa estática, pois deve refletir a minha própria personalidade criativa, em constante mudança e aprimoramento.
- “Este é o ‘algo mais’!!!” – penso.
Liberto, então, completamente a minha imaginação e criatividade, permitindo que elas criem asas e voem por campos exóticos e inexplorados, trazendo-me idéias fantásticas. E a cada idéia associo objetos simbólicos que me ajudam a levá-las para o universo particular dos pacientes, de modo que possam surtir o efeito desejado. E os resultados são incríveis!

Com isso, acabo comprando mais um armário para o Meu Consultório, porque aquele primeiro já não é mais suficiente para todo o meu material de atendimento. E também mando fazer uma estante só para os livros, pois a todo instante é publicado um livro mais interessante, que não posso deixar de ter à mão para utilizar no momento oportuno. Troco uma das poltronas por um divã… o paciente vai se sentir mais confortável e relaxado. Compro uma maca dobrável e deixo-a num canto, atrás da minha poltrona… para uma eventual aplicação de Reiki ou outra técnica que ajude o paciente a se abrir para a cura. E – muito importante! – instalo uma pequena prateleira junto à minha mesa, onde coloco meus incensos, velas, cristais e tudo que preciso para manter o ambiente energeticamente limpo, pois nunca se sabe que tipo de energia vem junto com as pessoas que entram e saem de lá.

Pronto! Agora sim, Meu Consultório está com a minha cara! Tudo o que posso imaginar em termos de tratamento terapêutico está ali, ao alcance das minhas mãos! Meu Consultório está completo!
Fonte desta imagem.

Entretanto, alguma coisa não está caminhando bem… minha vida pessoal anda muito desarmonizada… e de repente algo acontece que me desestrutura emocional e financeiramente. Ao mesmo tempo, os pacientes começam a rarear e os poucos que sobram não conseguem me pagar apropriadamente porque também estão passando por momentos difíceis. Isto só complica as coisas.
De uma hora para outra, parece que toda a minha vida virou de cabeça para baixo!
Fonte desta imagem.

E então, percebo que não consigo lidar com minhas próprias crises! Preciso de ajuda, urgente!!! Mas… a quem recorrer? Sempre fui aquela que resolvia o problema dos outros, nunca estive na posição de ser ajudada… Isto é novo para mim!
O que terá acontecido? Como foi que de repente as coisas se inverteram?

Ponho a culpa no Meu Consultório… Deve ter alguma coisa errada com ele e que está se refletindo na minha vida. Lembro-me, então, que uma amiga terapeuta me falou de uma consultora de Feng Shui que a ajudou a harmonizar as energias do seu consultório, numa época em que sua vida estava totalmente fora do eixo.
Fonte desta imagem.

É disso que eu preciso! Entro em contato com a tal Consultora e dois dias depois a recebo em meu consultório. Nosso primeiro contato é muito agradável e harmonioso, mas, ao contrário do que eu imaginava, ela não sugere nenhuma grande modificação na decoração ou disposição dos móveis do Meu Consultório. Parece nem estar muito atenta a esses detalhes…

Tanto nesse encontro, quanto nos dois ou três seguintes, nossas conversas giram em torno do meu trabalho, dos meus interesses, da minha vida pessoal e, principalmente, dos meus sonhos… não só os sonhos-desejos, mas mais especificamente, os sonhos que a gente tem quando está dormindo.

Embora esse não fosse o tipo de conversa que eu esperava ter com uma Consultora de Feng Shui, algo me diz que estou no caminho certo, pois cada assunto que abordamos acaba gerando um sonho ou insight – não só da minha parte, mas da parte dela também – que vêm esclarecer um pouco mais determinadas questões e nos mostram novas formas de encará-las.

Mas algumas situações mais problemáticas não se resolvem tão rapidamente quanto eu gostaria, e isso me incomoda muito, pois desejaria que tudo voltasse ao normal o mais rápido possível.

Então um dia, numa conversa com a Consultora, ela sugere que eu reflita sobre esse meu desejo… até que ponto é bom que as coisas voltem a ser como eram? E nessa noite tenho um sonho…

continua...


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Vera Corrêa e Suely Laitano Nassif



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Publicado em 28/05/2011 - 12:01

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Filho do Homem - MAGRITTE


Obra: O Filho do Homem (1964)
Autor: René Magritte (1898-1967)
Onde ver: coleção particular
Você sabia?
Magritte pintou-o como um auto-retrato.
Para refletir:
“‎Nós nunca nos realizamos.
Somos dois abismos -
um poço fitando o céu”
(F.Pessoa)

Publicado em 30/06/2011 12.01