sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Psicofarmacologia pra Terapeutas: Festa de Encerramento

O curso empolgou a todos e as aulas foram assistidas com entusiasmo pelos alunos. Depois de quatro dias de encontros, o último dia marcou o encerramento das atividades de 2007. Uma pequena festa de confraternização foi organizada por todos os alunos. A diretora da Comentada, Profa. Dra. Suely Laitano da Silva Nassif, foi homenageada. A Comentada prepara cursos novos e reedições dos cursos que fizeram sucesso em 2007.

Acompanhe os lançamentos dos cursos, atividades e eventos no site da Comentada: http://www.comentada.com/.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Para Refletir: A sabedoria do curador ferido

Como responder a um estudioso de Homero que diz que Quiron não tinha uma ferida incurável??? Que Quiron não era considerado "o curador ferido" na antiguidade de Homero?
Como explicar essa contradição estabelecida entre nosso conhecimento como terapeutas e
o de um tradutor de Homero?

Mitologia: A sabedoria do curador ferido

O mito de Quíron se passa nas planícies da Tessália, região ao norte da Grécia, com o encontro entre Cronos ( Saturno, o deus do tempo) e a ninfa Filira. Atraído por sua beleza, o deus passou a persegui-la. Filira, para escapar a seu assédio, transformou-se numa égua. Mais esperto, Cronos assumiu a forma de cavalo e assim, conseguiu unir-se a ela.

Dessa união nasceu Quíron, o Centauro, com torso, braços e cabeça de homem e corpo e pernas de cavalo. Horrorizada ao ver o monstro que gerara, Filira suplicou aos deuses que a transformasse numa árvore, desejo que foi prontamente atendido. Rejeitado e abandonado pela mãe, e sem jamais ter conhecido o pai, Quíron foi adotado por Apolo, o deus da música, da poesia, da medicina e das profecias, que lhe transmitiu muitos e ricos ensinamentos. Assim, sob a tutela de Apolo, Quíron tornou-se um sábio em inúmeras artes.

Sua fama espalhou-se pela região, e logo ele estava rodeado de discípulos, entre eles, os próprios Centauros, seres rebeldes e belicosos que habitavam o Monte Pélion, os filhos dos governantes dos pequenos reinos das proximidades, e numerosos heróis gregos, como Aquiles, Hércules, Ulisses e Jasão. Versado em medicina, botânica, astrologia, astronomia, ética, música, adivinhação e ritos religiosos, Quíron educava os jovens heróis com base nos dons individuais que identificava em cada um deles, preparando-os para que pusessem em prática seu potencial mais elevado e cumprissem seu destino.
A Asclépio, por exemplo, ensinou os segredos das ervas medicinais e da cirurgia, fazendo-o desenvolver seus poderes de cura, pelos quais o discípulo viria a ser imortalizado. A Aquiles, deu aulas de cítara, além de instruí-lo para que se tornasse inteligente, corajoso e forte. E incentivou Jasão, príncipe herdeiro da cidade de Lolco, mas criado por ele desde criança, a partir da viagem para reclamar o trono que lhe fora usurpado.

Quíron já estava velho, quando certa vez, convidou o ex-discípulo Hércules para jantar. Os demais Centauros, que também estavam presentes, começaram a brigar entre si e foram atacados a flechadas pelo visitante. Hércules errou o alvo de uma das flechas, envenenadas com o sangue da Hidra de Lerna - monstro contra o qual lutara num de seus célebres trabalhos - e atingiu Quíron na coxa, causando-lhe uma grave ferida. Em conseqüência disso, o mestre passou a sofrer incessantemente: não conseguia curar o próprio ferimento, apesar de suas habilidades curativas, e tampouco podia morrer, por ser imortal.

Finalmente, após muitos anos, Quíron conseguiu se livrar de sua agonia, graças a uma troca de destino com Prometeu. Este titã fora acorrentado a um rochedo por Zeus, como castigo por ter roubado o fogo dos deuses para dá-lo aos homens. Como Quíron, ele também estava condenado a uma tortura eterna, pois todos os dias uma águia lhe bicava o fígado, que se recompunha a cada noite. De acordo com as ordens de Zeus, Prometeu só poderia ser libertado se um imortal se dispusesse a ir para o Tártaro (um dos infernos) e lá permanecesse, renunciando à sua imortalidade. Convencido por Hércules, que intercedeu a favor do antigo mestre, Zeus concordou com a troca. Assim, Quíron tomou o lugar de Prometeu e finalmente morreu. Depois de nove dias, foi imortalizado, na forma da constelação.

domingo, 18 de novembro de 2007

Seminário Sir Charles Scott Sherrington marca fim de ano - 2007 - na Santa Casa

Em 27 de novembro de 2007, o anfiteatro Emílio Athiê, na Santa Casa de SP, assistiu a um evento carregado de significado e conteúdo, em homenagem aos 150 anos de nascimento de Sir Charles Scott Sherrington. O conhecido neurofisiologista, que descrevou várias vias reflexas para o controle dos movimentos e evidenciou a importância da transmissão nervosa inibitória para a função nervosa, foi prêmio Nobel em 1932. Durante sua vida produtiva e longa, escreveu muito sobre a função motora inspirando, até hoje, cinesiologistas, neurofisiologistas e neurocientistas em geral.

Uma das histórias sobre Sherrington lembrada durante o seminário foi a questão envolvendo a criação do termo "sinapse". Prof. Dr. Luís Roberto Britto nos lembrou que o termo - atribuído a Sherrington na literatura científica - surgiu de uma conversa no início do século passado, entre Sherrington e um amigo jornalista e linguista. Inicialmente, o termo cunhado por Sir Sherrington para nominar a área de interação entre dois neurônios durante a transmissão nervosa seria "sinapsmina". Devido à dificuldade de derivação do termo, seu amigo sugeriu o termo sinapse, mais adjetivável.

Como sabemos, a sugestão foi rapidamente acatada. Sir Sherrington nunca deixou de dar os créditos a seu amigo. Porém, a história preferiu ser contada de outro jeito.

Os palestrantes, eminentes neurofisiologistas, versaram sobre aspectos históricos e também sobre as fronteiras do conhecimento iniciado por Sherrington e seus contemporâneos.

O seminário foi aberto após breve resumo biográfico sobre o homenageado. O Prof. Dr. Aldo Lucion, professor Titular do Departamento de Fisiologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresentou uma perspectiva histórica da importância do legado de Sir Sherrington para a moderna Neurociência. O Prof. Dr. Luís Roberto Britto, Titular do Departamento de Fisiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, nos trouxe a inquietante discussão sobre a importância das sinapses elétricas para a função dos neurônios e sua interação com as células gliais. O Prof. Dr. Luis Eugênio de Mello, Titular do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo, mostrou recentes avanços para a prevenção de epilepsia pós-traumática.

Ao final, foram inaugurados os novos laboratórios do Departamento de Ciências Fisiológicas, que possui grande vocação para a pesquisa neurocientífica, através de seus professores formados em grupos de pesquisa dentro e fora do país.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Transtornos da compulsão alimentar periódica e psicoterapia

PROFA. DRA. SARA MOTA BORGES BOTTINO
Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1990). Residência em psiquiatria no Hospital do Servidor Público Estadual e no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
Mestra em Psiquiatria pela FMUSP (2000). Atua supervisionando residentes de ginecologia e mastologia. Participação ativa em congressos nacionais e internacionais, com aulas e publicações na interface entre a psiquiatria e a medicina.
Psiquiatra e psicoterapeuta do Centro de Referência da Saúde da Mulher desde 1996, atuando na área de Interconsulta Hospitalar, com ênfase nos seguintes temas: câncer ginecológico, câncer de mama, compulsão alimentar, depressão e cuidados paliativos.
Doutoranda do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP com o trabalho intitulado: Respostas ao Estresse em Mulheres Com Câncer de Mama e Adesão ao Tratamento.
http://lattes.cnpq.br/3913844764136836