POR PEDRO SHIOZAWA
Maria, de 25 anos trabalhava no supermercado havia 5 anos. Há 3 meses fora promovida a um cargo de supervisão, o que acarretou maiores responsabilidades a já competente e preocupada mulher. Com o passar dos dias, a pressão no trabalho fez-se notar. Maria passou a ter dificuldades para dormir, o que fazia com que sua concentração durante o dia ficasse também prejudicada. Sua memória também não era a mesma, chegou até a se esquecer de trancar sua casa um dia ao ir trabalhar. O que estava acontecendo?
Seus colegas falaram que deveria ser o estresse e a convidaram para um passeio: iriam a um show de uma banda que gostavam. Maria, gradativamente mais ansiosa e preocupada, disse sim para o convite, ainda que ressabiada. No dia do show, ela também não havia dormido, estava mais irritada do que o de costume, mas foram todos: Maria e seus 5 amigos bem intencionados.
Chegando ao local do show, uma casa de espetáculos, o lugar já estava cheio. Tomaram seus lugares e, como que surgido do nada, o terror começou: Maria sentiu que seu coração batia cada vez mais forte, faltava-lhe o ar, as mãos enformigavam e o suor era frio. “Vou ter um ataque cardíaco”, pensou Maria. Seus colegas a levaram ao Pronto Socorro mais próximo, mas assim que chegaram, a crise estava passando. Os médicos fizeram exames e nada encontraram, atribuindo seus sintomas à ansiedade.
Maria voltou para casa e as crises foram ficando cada vez mais freqüentes, aconteciam até mesmo durante o sono e não tinham algum fator desencadeante específico. Maria afastou-se do emprego, o medo de ter crises a limitava e, quando pensava que estava perdendo o juízo, resolveu procurar ajuda psiquiátrica.
Foi diagnosticada Síndrome do Pânico. Iniciada medicação e psicoterapia, em um mês, Maria retomou seu emprego e vem mantendo seguimento com melhora do quadro.
CID - 10
Vários ataques graves de ansiedade autonômica num período de um mês em circunstâncias onde não há perigo objetivo; sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis e com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória seja comum).
Maria, de 25 anos trabalhava no supermercado havia 5 anos. Há 3 meses fora promovida a um cargo de supervisão, o que acarretou maiores responsabilidades a já competente e preocupada mulher. Com o passar dos dias, a pressão no trabalho fez-se notar. Maria passou a ter dificuldades para dormir, o que fazia com que sua concentração durante o dia ficasse também prejudicada. Sua memória também não era a mesma, chegou até a se esquecer de trancar sua casa um dia ao ir trabalhar. O que estava acontecendo?
Seus colegas falaram que deveria ser o estresse e a convidaram para um passeio: iriam a um show de uma banda que gostavam. Maria, gradativamente mais ansiosa e preocupada, disse sim para o convite, ainda que ressabiada. No dia do show, ela também não havia dormido, estava mais irritada do que o de costume, mas foram todos: Maria e seus 5 amigos bem intencionados.
Chegando ao local do show, uma casa de espetáculos, o lugar já estava cheio. Tomaram seus lugares e, como que surgido do nada, o terror começou: Maria sentiu que seu coração batia cada vez mais forte, faltava-lhe o ar, as mãos enformigavam e o suor era frio. “Vou ter um ataque cardíaco”, pensou Maria. Seus colegas a levaram ao Pronto Socorro mais próximo, mas assim que chegaram, a crise estava passando. Os médicos fizeram exames e nada encontraram, atribuindo seus sintomas à ansiedade.
Maria voltou para casa e as crises foram ficando cada vez mais freqüentes, aconteciam até mesmo durante o sono e não tinham algum fator desencadeante específico. Maria afastou-se do emprego, o medo de ter crises a limitava e, quando pensava que estava perdendo o juízo, resolveu procurar ajuda psiquiátrica.
Foi diagnosticada Síndrome do Pânico. Iniciada medicação e psicoterapia, em um mês, Maria retomou seu emprego e vem mantendo seguimento com melhora do quadro.
CID - 10
Vários ataques graves de ansiedade autonômica num período de um mês em circunstâncias onde não há perigo objetivo; sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis e com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória seja comum).
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Minha inteligência tornou-se um coração cheio de pavor,
E é com minhas idéias que tremo, com a minha consciência de mim.
Com a substância essencial do meu ser abstrato
Que sufoco de incompreensível,
Que me esmago de ultratranscendente,
E deste medo, desta angústia, deste perigo do ultra-ser,
Não se pode fugir, não se pode fugir, não se pode fugir
(Fernando Pessoa)
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NO MEU CASO, O PSIQUIATRA NAO QUIS DIAGNOSTICAR, APENAS RECEITANDO UM CALMANTE. ISSO QDO EU TINHA UNS 20 ANOS. HOJE AOS 45, DEPOIS DE VARIAS TRAGEDIAS, DESCOBRI POR SI PROPRIO QUE SOFRO DESSA DOENÇA, E POSSO GARANTIR QUE ELA É MUITO GRAVE, PORQUE ACABOU COM A MINHA VIDA E TAMBEM DA MINHA FAMILIA, POSTO QUE POR CAUSA DELA ADQUIRI DOENÇAS GRAVES.
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